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domingo, 9 de janeiro de 2011

A Flauta Mágica (Die Zauberflöte) - 1º Ato

     Resolvi postar aqui toda uma produção da flauta mágica que aconteceu em 2006. Aqui o vídeo da primeira parte, ou seja, a abertura. A abertura é, como eu já falei antes, um momento instrumental que vai trazer pro público os principais temas que virão em toda a ópera. Então, a melodia das principais árias serão apresentadas para o ouvinte já entrar no clima da obra. No final já começa a primeira ária, quando a serpente gigante ataca Tamino (tenor) e as três damas o encontram desacordado e o salvam. Note que as três damas estão invisíveis para Tamino.




     Este segundo vídeo começa com as três damas saindo para contar a Rainha da Noite a presença de forasteiros em seus domínios, quando Papageno (um caçador de pássaros), ao ver a carcaça da serpente gigante, encontra Tamino já acordado e conta que ele o salvou da gigante serpente. Linda esta ária de barítono. Ficou muito famosa também, como praticamente todas as árias da ópera. Depois, as três damas aparecem e pegam Papageno na mentira contando vantagens de seu heroísmo. Elas, então, entregam a foto de Pamina para Tamino e pedem-no para salvá-la de Sarastro, pois ela fora raptada. Tamino, ao ver a foto, se apaixona por sua beleza e canta uma das mais lindas árias para tenor.



     Na sequência, a Rainha da Noite aparece e pede ela pessoalmente para Tamino resgatar Pamina, sua filha. Ele, por estar apaixonado por sua beleza, aceita. Lembrando que esta ária já é um tremendo desafio para a soprano, pois é a segunda mais aguda já feita para soprano até hoje. Só perde para a Ária da vingança, como veremos a seguir. O austríaco Mozart realmente não tinha pena das sopranos... Depois as três damas entregam a Tamino uma flauta mágica para ajudá-lo. Libertam Papageno e lhe entregam uma caixa de música mágica também para poder ajudar Tamino na sua jornada. Os herois partem e contarão com o auxílio de três gênios da floresta para encontrar Pamina, Sarastro e superar as dificuldades que surjam.



     Após eles saírem em sua jornada, aqui aparece o mouro Monostatos e mais três escravos que mantêm Pamina prisioneira. Monostatos (barítono) tenta seduzir Pamina, pois ele está dominado por intensa sensualidade e beleza. Papageno surge e assusta o mouro. Pamina, aliviada das investidas de Monostatos, e Papageno conversam. Ele se apresenta como embaixador da Rainha da Noite e conta os planos de sua mãe para libertá-la. Pamina fica aliviada ao saber que um jovem e belo príncipe se encontra a caminho para tirá-la das garras do poderoso Sarastro. Papageno se lamenta, pois não tem uma Papagena para ele. Então Pamina o consola dizendo que um dia ele vai encontrar sua alma gêmea. E cantam um dueto, uma ode ao amor entre um homem e uma mulher. Tamino, guiado pela magia dos três gênios, chega aos domínios de Sarastro. Mas antes de prosseguir, ele recebe a recomendação de três virtudes essenciais: firmeza, paciência e sigilo. "Empenhe-se como verdadeiro homem e conseguirá seu objetivo."



     Pamino chega a um bosque onde se erguem três templos muito belos: Natur (Natureza), Weisheit (Sabedoria) e Vernunft (Razão). Ele vai à porta do templo da natureza, mas escuta vozes dizendo "Zurück" (para trás). Depois vai à porta do templo da razão e escuta novamente vozes dizendo "Zurück". Finalmente, vai à porta do templo da sabedoria. A porta se abre e aparece um velho sacerdote que pergunta a Tamino: "O que o traz aqui, jovem audacioso? Que procuras neste local sagrado?" Tamino revela suas intenções. O sacerdote percebe que Tamino está movido pelo amor, mas está mal informado sobre Sarastro. O sacerdote tenta desfazer a impressão errada que Tamino tem de Sarastro, mas Tamino insiste em saber onde Pamina está. Ele fica aliviado ao ouvir vozes ao fundo dizendo que ela ainda está viva. O sacerdote vai embora e Tamino decide tocar a flauta mágica. Ao longe, Papageno escuta a flauta de Tamino e responde com sua flauta de caçar passarinhos. Tamino fica imaginando se Pamina está bem. Papageno e Pamina seguem o som da flauta mágica de Tamino e quando próximos de Tamino, Monostatos surge com os escravos para aprisioná-los. Papageno lembra-se do "Glockenspiel" (seu carrilhão mágico) e o toca. Ao som de uma música alegre e dançante, os inimigos saem dançando, como que enfeitiçados.



     Pamina e Papageno ficam aliviados. Mas, o séqüito de Sarastro surge. Papageno teme por sua sorte e Pamina julga-se perdida, afinal acabara de fugir de Monostatos. Sarastro (baixo) entra em cena. O coral diz: "O homem sábio o aclama. O falso aprende a temê-lo. Com paciência, ele nos guia para a sabedoria e para a luz. Pois, ele é nosso líder proclamando a retidão." Monostatos conta a Sarastro sua versão dos fatos. Sarastro compreende tudo e ordena que dêem-no 77 chibatadas nos pés de Monostatos que sai carregado pelos escravos para sua punição. Pamina se aproxima de Sarastro e confessa sua transgressão e seu desejo de escapar para voltar para sua mãe. Conta também do assédio que sofria do mouro Monostatos. Sarastro compreende, mas revela que não pode ainda libertá-la e conta os veradeiros anseios de sua mãe e seus planos para destruir a Fraternidade de Ísis e Osíris. Propõe-se a manter Pamina sob seus cuidados e daquela fraternidade. Tamino e Papageno percebem que julgaram Sarastro mal e manifestam vontade de também pertencerem à fraternidade. Sarastro os informa que passarão por um julgamento e uma série de provas para serem aceitos. Iniciam-se os preparativos para a iniciação de Tamino e Papageno. Fim do primeiro ato.

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