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quinta-feira, 18 de agosto de 2011

12º

     Como é de conhecimento de vocês, fiz o concurso para oficial da FAB. Prosseguir na minha carreira com um salário melhorzinho e uma vida mais atribulada, porém sem tantas vidas nas mãos (diretamente, pelo menos). Porém, como não era de se esperar, eu tive muitos imprevistos. Não estou tentando justificar minha negligência aqui, mas de certa forma sim. Até porque estou muito tranquilo comigo mesmo.
     Dia 20 de maio perdi um amigo, um grande companheiro. Isso me abalou muito. O fato de não fechar o ciclo, não ir a um velório, a um enterro, enfim algo que me consolidasse ou que me conformasse o discernimento, a aceitação de seu falecimento. Até no reconhecimento do corpo no IML, não consegui ver meu amigo ali. Vi um corpo qualquer, sem conseguir associar aquele pedaço de carne a ele. Tive vários sonhos com ele ainda vivo. Infelizmente, isto também me despertou alguns sentimentos não muito saudáveis, pois agora tenho que almoçar ao lado de uma das pessoas que contribuiu muito para sua morte. Esta contribuição foi de forma que dificultasse ao máximo em sua recuperação. Enfim, esta pessoa é superiora a mim e eu não posso evitá-la sempre. Infelizmente tenho que conviver com isso. Escolhi ser militar...
     Aliado a isso, em uma pequena depressão, ou sensação de impotência, tive que me mudar algumas vezes. Eu estava hospedado no hotel de trânsito. Tive de me mudar para casa de uma amiga, e uma semana antes do concurso, recebi a chave da casa e tive de me mudar novamente. Este período de transição me deixou muito cansado fisicamente. O que me incentivou a descansar ao invés de estudar sob constante cansaço. Fora que também mudei de seção, ou seja, parei de trabalhar na escala operacional e fui para o expediente. Novos trabalhos administrativos, quando tive de aprender a trancos e barrancos todas as minhas obrigações. Enfim, são algumas justificativas que na verdade explicam, mas não justificam. Eu poderia ter me sacrificado um pouquinho mais. Mas preferi não fazê-lo.
     Resultado, consegui atingir a média de aprovação no concurso. Eram 110 inscritos e eu fiquei em mero 26º lugar. São apenas 14 vagas. Já fiz o exame de saúde e o exame de aptidão psicológica. O resultado do exame de saúde já saiu e eu passei. Mas todos os 25 na minha frente também passaram. Ou seja, é quase impossível eu conseguir ficar entre os 14 este ano. O que me frustra um pouco, pois é o primeiro concurso que faço (incluindo meus vestibulares) em que não sou aprovado. Mas paciência. Dos que não estudaram, eu fui praticamente o único que passou. Agora só me resta estudar para o ano que vem (já comecei). Vou dedicar um bom tempo para isso. Estou com outras atividades que vão me ajudar muito com meus preparativos para o concurso. Afinal, eu comecei a dar aulas em escolas de aviação. O mesmo conteúdo da prova do concurso (parte do conteúdo apenas).
     Meus planos? Vou fazer vestibular para bacharelado em violão novamente na UDESC (Universidade Estadual de SC). Vou voltar ao que eu nunca deveria ter parado. Sei que receberei muitas críticas por causa disso, mas não to ligando para o que me dirão. Vou fazer e pronto. Tenho o direito de corrigir meus erros do passado.

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